Coisas que gosto (ou não) de fazer, ler, ouvir... Pensamentos e idéias rabiscadas... sentimentos e emoções... (auto)críticas... Um pouco de tudo que penso ser...

sábado, novembro 17, 2007

Aprisionamento mental...


Foi de repente que percebi que havia me perdido...

Estava fora de mim... Já não sabia mais de onde eu tinha vindo, para onde estava indo...

Olhei ao meu redor, mas o caos irreconhecível em nada me ajudava... Apenas aumentava a confusão dentro de minha cabeça oca.

E logo após um amargo instante de silêncio, eu ouvi um ruído atônito... Algo estrondoso, e contínuo... Como se ecoasse no vácuo que se fazia presente dentro do meu peito... Era meu coração palpitando em desespero, numa tentativa de chamar minha atenção... De me mostrar que ao contrário do que parecia, eu estava vivo (ainda).

E como se não bastasse aquele ruído ensurdecedor, tão logo comecei a sentir o sangue queimando por entre minhas veias... Naquele ritmo frenético... Num compasso melancólico e altamente destrutivo...

E aquilo doía... E como doía!

Inevitavelmente comecei a me debater, aos gritos e prantos... Num contorcionismo acrobático... Algo parecido com um nado sincronizado sobre o chão árido do lugar nenhum em que eu me encontrava...

Seria hilário... Se não fosse trágico.

Já não tinha noção do tempo ou do espaço... Só sei que eu estava ... E isso me fortalecia e ao mesmo tempo me corroia...

Mas subitamente a dor cessou.

A respiração ofegou.

O barulho calou.

Eu estava livre...

Eu estava ali!?

Que dia é hoje!?

...

quinta-feira, novembro 15, 2007

Sentimento gera instabilidade social...


E então, vejo minha trajetória de quedas e derrotas até aqui...

Caminho esse que eu escolhi e construí a cada passo.

Passos largos, tortos, bambos... Saltos e tropeços.

Definitivamente não foi um atalho...

Mas nenhum obstáculo foi maior do que meu orgulho e arrogância e de uma forma ou de outra, fui capaz de superá-los um a um... Alguns de olhos fechados, outros com as mãos atadas...

E embora eu não me sinta vitorioso, procuro ao menos me fortalecer e evoluir...

Prefiro pensar que ainda estou apenas trilhando meu caminho e que, o que parecia ser o meu destino, na verdade era apenas uma pausa para reflexão...

Paro, respiro, observo, tomo fôlego e coloco-me novamente em meu lugar... Rumo a conquista da auto-suficiência.

Sigo sendo irônico, sarcástico e egoísta... Mas nem mesmo tendo que viver com 50% de mim, consigo mudar meu jeito de ser...

Vivo intensamente cada dia como se fosse o último (e em muitas vezes realmente gostaria que fosse).

Mas não sou capaz de guardar mágoas e ressentimentos... Sou frágil como aço!

Porém confesso: Queria ser capaz de só pensar e não sentir...

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Retrospec(ta)tiva...


Outro ano termina... Um novo se aproxima...
Com seus 365 dias de novas oportunidades para que possamos fazer valer a pena...
Em cada atitude, a chance de eternizar-se em pensamentos, de tornar-se importante...
Sim, pois histórias todos nós temos (somos)... A diferença, é que algumas são tristes, outras são mais interessantes, outras são verdadeiros “Best-sellers”...
E no final, não seremos lembrados pelo que fizemos ou pensávamos... Mas sim, pelo que deixamos...
Chega a ser perturbador pensar que o tempo que temos para conquistar nossos objetivos é inversamente proporcional à velocidade em que tudo passa...

A velha estrada de mão única, com destino certo...

Este ano como todos os outros, foi cheio de conquistas, de derrotas... Tive muitos momentos felizes, alguns de tristeza... Algumas perdas, alguns ganhos... Reencontros... Desencontros...
Inevitavelmente, como em todos os outros finais de ano que me lembro, fico com uma sensação meio estranha... Algo como a mistura de alegria e preocupação... De ansiedade e certa leveza de espírito ao mesmo tempo... Libertação...
É como se todos os sentimentos e sensações me preenchessem ao mesmo tempo, numa contagem regressiva... Até chegar ao clímax “revigorante” do zerar do cronômetro... Do virar a página...

Estou disposto a me tornar uma pessoa melhor a cada dia e a buscar ao máximo o equilíbrio entre o ser e o estar... Dando tudo de mim (sem duplo sentido hehe) e me esforçando para tal...

Para todos que passam por aqui (mesmo que por acaso), meus sinceros votos de Feliz Natal... e Feliz Ano Novo...


Aproveite para formatar seu cérebro e reinstalar sua mente...
Após contagem regressiva, pressione “OK”
5...
4...
3...
2...
1...
0

OK

segunda-feira, dezembro 11, 2006

A ausência...



Fazer-se presente num passado inexistente, tem se tornado uma constante para mim.
De maneira perpendicular ao que um dia pudera ser chamado de vida, vou seguindo em meu estado de demência.
Nesse estado crítico, critico meu estado...
Como se por um momento pudesse me encarar, frente a frente, olhos nos olhos... Sem que eu seja um mero reflexo no espelho que apenas inverte meus defeitos e os transforma em quase qualidades... Meros adjetivos.
Confinado em simples conceitos e definições tolas de alegria e bem-estar... A inatingível felicidade bruta, sólida, palpável...

Esse eterno conflito do ser e do estar... Uma linha nada tênue...

Apenas uma conseqüência inconseqüente... Talvez essa seja uma boa definição para o meu ser...
Quanto ao meu estar... Prefiro considerar isso uma escolha, uma opção...

Afinal,
O escuro nada mais é do que a ausência de luz...
A morte nada mais é do que a ausência de vida...
A dúvida nada mais é do que a ausência de uma certeza...

Eu tenho sido a ausência de mim mesmo...

A ausência...
A ausência...
A ausência...

quarta-feira, novembro 08, 2006

Direto e reto...


Aquele belo copo de cristal que um dia foi posto calculadamente a três centímetros do lado esquerdo dos talheres de platina e em frente às travessas de porcelana chinesa sobre aquela bela estante de madeira-de-lei hoje acumula a poeira do tempo e apenas serve como lembrança de algo que nunca existiu num tempo que nunca voltará a existir... Como se o objetivo decorativo dele tivesse sido deixado de lado e o brilho e imponência que antes era imposto hoje tenham se transformado apenas em desgosto e motivo de sobra para querer atirá-lo contra a parede num gesto desesperado de tentar apagar o que nem se quer foi escrito tão menos lido... Sem ponto nem parágrafo ou sequer uma vírgula faço analogia à vida que nada mais é do que uma estrada de mão única sem retorno e sem acostamento que tem apenas um destino certo e definido e nada pode ser feito para evitá-lo... O mesmo copo no qual desfrutei doses de prazer e alegria de sonhos e magias hoje serve para se encher de meu próprio veneno e matar a minha sede de vingança de mim mesmo e serve para me torturar e cortar minha pele com os cacos que se sobrepõe no chão como se as cicatrizes que ficarão e a dor física que posso suportar fossem suficientes para me fazer sentir melhor ou menos culpado pelo fato de tê-lo colocado ali... Ainda que eu quisesse ignorá-lo ou virar as costas fingindo não me importar saberia que ele permaneceria ali estático imóvel sem reação e saberia que teria sido eu quem o deixou dessa forma saberia também que mesmo que o limpasse com um álcool e um pano úmido meus erros seriam refletidos nele e que todo o seu brilho seria ofuscado por minhas derrotas e ambições inoportunas e pela minha falsa ingenuidade e pelo meu estúpido complexo de inferioridade e pela minha falta de caráter e dedicação mútua...

Pulo linha como se saltasse de um imenso penhasco vazio e oco e sem fim numa queda livre e sutil onde o vento que bate em meu rosto se parece com tapas de auto-flagelo confortante mas não confortável estável constante... Buscando nessa falsa liberdade uma falsa solução para todos os meus talvez falsos problemas como se um simples “Superbond” fosse capaz de colar todos os cacos e retirar todas as imperfeições e fazer com que tudo volte ao normal ou pelo menos um dia seja normal... E quem sabe um dia eu possa acordar de todo esse pesadelo e seguir de onde parei e ver que o copo de cristal ainda está lá intacto e saber que tudo valerá a pena custe o que custar e então poderei ter a certeza de que fui capaz de me perdoar e de ser perdoado...

Enquanto isso vou (sobre)vivendo! (ou pelo menos tentando)...

quinta-feira, outubro 26, 2006

Conjugações, preposições, suposições...

Eu erro
Tu erras
Ele erra
Nós erramos...
Vós errais
Eles erram

Eu passo
Tu passas
Ele passa
Tudo passa
Um dia passa
Há de passar...

Eu penso?!
Tu pensas
Ele deve pensar
Nós pensamos que passaria
Vós pensais?!
Eles pensaram... se enganaram!

Eu tento
Tu tentas?!
Ele tentou...
Nós tentamos... sempre!
Vós me tentais! (e como)
Eles tentaram... em vão!

Eu sigo
Tu me segues?!
Ele me seguia
Nós seguiremos
Temos que seguir
Eles nos seguirão!?

Acredito que não!

Está mais do que na hora de sermos felizes!
Tudo depende do gênero, número e grau...

E eu?! Continuo sendo 1ª pessoa do plural!

segunda-feira, outubro 16, 2006

8.030 e contando...

Hoje não tenho muito a dizer...
Todos os anos eu fico meio "introspectivo" nessa data...
Ae vai uma música do Millencolin (ainda curto muito essa banda)
Não que ela represente 100% o que sinto ou o que penso, mas tá quase lá... hehe


Vinte e dois

Estou um ano mais velho agora desde a última vez que te vi
Caso você queira saber, estou prestes a dizer o que pretendo fazer
Primeiro de tudo, eu sou um preguiçoso se mexendo devagar deforma desajeitada
Alguma paz de espírito é o que eu quero, mas aquele será o dia

Eu venho seguindo o fluxo por muito tempo, isso tem que acabar. Andando em círculos, fiquei muito distante de mim mesmo
Procurando energia e o momento certo para mudar minha vida
Ao invés de vê-la passar, fazer algo enquanto ainda estou vivo

Eu tenho vinte e dois anos, não sei o que deveria fazer ou como ser, para conseguir um pouco mais de mim
Eu tenho vinte e dois anos, tão longe de todos os meus sonhos
Eu tenho vinte e dois anos, vinte e dois anos, sentindo-me triste

Tento me ativar ao máximo que posso
Para que o tédio não me alcance, eu tenho meu plano diário
Acordar tarde, depois ensaiar um pouco com a banda, acho que isso é legal
Mais tarde quando eu estou em casa de novo, faço uma ou duas anotações
Depois vou pra cama, isso é o que eu faço

Receio que eu serei fraco para sempre
Não posso ficar mais nessa forma
Minha vida é só mais um clichê!


E o fazer enquanto ELA não vem!?
Esse é o problema...

oO

sexta-feira, outubro 13, 2006

Engenharia Vital...

Preciso refazer meus esboços, retraçar minhas metas.
Meu cronograma está atrasado e o orçamento que eu tinha feito está sendo ultrapassado...
Está na hora de rever os meus conceitos, repensar os esforços cortantes e o momento fletor.
Reconsiderar as cargas e reforçar as estruturas.

Preciso recalcular minhas despesas e tentar aumentar meus lucros.
Meu tempo é escasso e o trabalho incessante exige muito de mim.
Está na hora de refazer meu memorial descritivo, demitir alguns funcionários e contratar outros.
Reorganizar as idéias e recomeçar do zero.

Vou refazer todo o meu projeto, modificar todo o layout.
Acertarei todos os detalhes e tentarei acompanhar cada etapa.

Mas dessa vez vou fazer tudo in-loco, começarei por me redefinir.


Quem dera existisse um curso superior onde se aprendesse a viver...
Quem dera a vida fosse uma ciência exata, de resultado simples como uma equação de 1° grau!



E eu pereço há alguns quilômetros de lugar nenhum...

terça-feira, outubro 03, 2006

Colapso no sistema nervoso central...

Acordei de um sono rápido, leve. Quase uma sesta.
Meus olhos atônitos mal puderam distinguir o dia da noite.
O dia, a hora ou o mês, tanto faz...
O lugar?! Bem...

Eu continuo (sobre)vivendo aprisionado em conceitos de bem-estar, envolto por uma quase felicidade finita, descontínua porém harmônica. Tudo da forma que planejei (?!)
Minha boca já não sente mais o gosto amargo do sangue coagulado que, de forma involuntária, tentava se escoar por entre minha garganta abaixo...
Apesar de que, não posso julgar isso como sendo algo bom. Se não existe dor, não se existe.

O tempo passa ironicamente, como se risse da minha cara. Como se tivesse orgulho de levar-se de mim de forma tão inevitável.
Só me restam o desespero e um imenso sentimento de perda, de angústia e medo.
Medo de deixar de ser aquilo que um dia eu nunca fui, mas que sempre lutei para ser...

Meus ouvidos já não são capazes de captar aqueles ruídos que antes me faziam bem, é como se tudo tivesse se transformado em uma única semibreve, um DÓ sustenido, quase RÈ bemol.
Uma engenhosa e estúpida melodia fúnebre ecoa lá no fundo, animando meu jantar que já gelou sobre a mesa fria.
Fria por ser de vidro, talvez se fosse de madeira estaria ainda quente... Tudo bem, morno já seria o bastante... Suficiente para me satisfazer!

A satisfação muitas vezes é inversamente proporcional à vontade de comer!
Entretanto, de uma coisa estou definitivamente certo...


“A mesma água que sustenta o barco, também pode afundá-lo”.


Eis o que faço enquanto ELA não vem...
Mas quem me garante que já não passei por ela?oO

sexta-feira, setembro 22, 2006

Contra-argumetação...

A folha em branco.
Uma inexistência de idéias... a falta de conteúdo.
(eu?) Vago...

Até que ponto o branco da folha realmente é branco, se nem uma folha não é?
Até que ponto meus olhos podem captar imagens e meu cérebro processar informações?
Como saberei se não estou apenas (a)condicionado a uma situação previamente estabelecida?!

O relógio parou exatamente ás 11:36 isso pode ser um sinal...
O ronco de meu estômago me faz saber que horas são, assim como as dores no corpo me mostram quantos anos eu vivi e todas as frustrações entaladas em minha garganta me mostram o tempo que perdi...
Relativo, eu sei... mas o que não é?
Minha escrita segue desuni forme, tal como meus pensamentos e minhas emoções...
Embora isso não faça diferença alguma...

O que é, simplesmente é, o que não é, seria... Ou deixaria de ser?!

Definitivamente, para toda ação há uma reação!

Passarei a ser inércia!